SPMI lamenta morte de António Arnaut, “um homem visionário”
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna associa-se à manifestação nacional de pesar pela morte do Dr. António Arnaut, considerado o ‘pai’ do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Reconhecemos nele um homem visionário que, sem ser médico, contribuiu para salvar muitas vidas e dar mais saúde a muitos portugueses ao longo dos últimos quase 40 anos de existência do SNS. De facto, advogado de formação, foi enquanto ministro dos Assuntos Sociais do II Governo Constitucional, em 1979, que assinou o despacho que deu origem a um serviço de saúde que se queria universal, geral e gratuito.
E ainda que este SNS possa ser diferente daquele que idealizou, nunca deixou de lutar por ele, a “grande causa da sua vida”, como dizia, em constantes manifestações públicas de defesa pelo serviço público, um ímpeto que nem a doença conseguiu travar.
Enquanto especialidade nuclear nos hospitais do SNS, não podemos deixar de reconhecer a generosidade da ideia inicial, os valores fundadores de equidade e de solidariedade e a sua persistência na defesa de um SNS com capacidade para prestar cuidados de qualidade.
Defender o SNS hoje será a melhor forma de prestarmos tributo ao seu legado e à sua memória.
(22/05/2018)