Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa
O Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna (SPMI) dedica-se ao estudo da Medicina Paliativa e é constituído por associados da mesma inscritos neste Núcleo de Estudos.
Secretariado: Biénio 2022-2024
Coordenadora: Conceição Pires, Centro Hospitalar e Universitário de São João (CHUSJ)
Coordenador-adjunto: Ricardo Fernandes, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia-Espinho (CHVNGE)
Secretariado: Elga Freire, Centro Hospitalar e Universitário do Porto (CHUPorto)
Hugo Oliveira, Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM)
Contactos: nempal@spmi.pt
História
13/Set/13: Carta ao Presidente da SPMI, Dr. Rodrigues Dias (proposta de 23 especialistas)
13/Dez/13: 1ª Reunião secretariado, Porto (Céu Rocha; Elga Freire, Rui Carneiro)
15/Fev/14: 2ª Reunião secretariado, Coimbra (6 esp + 2 int)
Nomeação do Secretariado do NEMPal:
Elga René Freire, Centro Hospitalar do Porto (Coordenadora)
Maria Céu Cunha da Rocha, Hospital Pedro Hispano, Matosinhos
Rui Miguel Pimenta Carneiro, IPO, Porto
Margarida Damas de Carvalho, H. da ULS do Lit Alentejano, Santiago do Cacém
Filipa Alexandra Gonçalves Tavares, H. Santa Maria, Lisboa
Maria de Lourdes Cruz Jesus Pinhal, Hospital Cantanhede
Florbela Santos Gonçalves OM 37697 IPO, Coimbra
13/Mar/14: 1ª Reunião do NEMPal (7 especialistas, 2 internos), Funchal
Abertas inscrições no Núcleo
24/Out/14: 2ª Reunião do NEMPal, Porto
21/Jan/15: Inquérito enviado a todos os sócios da SPMI sobre a “sua formação e trabalho em cuidados paliativos”
16/Set/16: I Jornadas do NEMPal
Objetivos
1. Proceder ao levantamento e actualização dos recursos disponíveis em Cuidados Paliativos;
2. Promover a formação específica e de excelência em Cuidados Paliativos no contexto da especialidade de Medicina Interna;
3. Estimular e divulgar trabalhos de investigação em Cuidados Paliativos realizados no âmbito da Medicina Interna;
4. Dinamizar jornadas, reuniões, cursos e workshops sobre Cuidados Paliativos para todos os associados do núcleo, da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e da sociedade em geral;
5. Estabelecer contactos e parcerias com outras estruturas e organizações actuantes no mesmo campo do conhecimento médico;
6. Actuar como agente de difusão e implementação do Plano Estratégico português para os Cuidados Paliativos.
Plano de Ação
1. Levantamento da composição e capacidade formativa das equipas de Cuidados Paliativos, organizado por tipologias;
2. Levantamento do nível de formação e dos trabalhos de investigação concluídos ou em curso em Cuidados Paliativos dos internos e assistentes hospitalares de Medicina Interna;
3. Criação de uma bolsa nacional de estágios em Cuidados Paliativos;
4. Organização das IV Jornadas do Núcleo de Estudos em Medicina Paliativa;
5. Re-estruturação do Curso Básico em Cuidados Paliativos, com o objectivo de aumentar o número de internistas com formação básica na área;
6. Criação, promoção e implementação de workshops em formato e-learning sobre tópicos específicos e relevantes em Cuidados Paliativos na Medicina Interna.
Regulamento
1- O NEMPal é constituído por:
a) Sócios da SPMI promotores da constituição do Núcleo (Sócios fundadores).
b) Sócios da SPMI que se mostrem interessados em colaborar nas actividades do Núcleo e que para tal se proponham junto do seu secretariado. A sua inclusão no NEMP deverá ser ratificada em plenário.
2- São orgãos do Núcleo:a) Plenário.
É constituído por todos os sócios do NEMPal
É convocado anualmente e sempre que o Secretariado do NEMPal ou a direcção da SPMI considerem necessário.
Compete-lhe tomar as decisões gerais relativas ao seu funcionamento, ratificar a inclusão de novos sócios e fazer eleger de dois em dois anos o Secretariado.
Pode ser convocado extraordinariamente por mais de 20% de sócios efectivos do NEMPal, sendo as decisões alcançadas consideradas vinculativas apenas se estiverem presentes 50% mais 1 dos sócios efectivos.
b) Secretariado.
É eleito entre os sócios do NEMPal.
É constituído por cinco a sete elementos, preferencialmente representantes das várias regiões, sendo um deles o coordenador. Este assegura a ligação do NEMPal com a Direcção da SPMI.
Assegurará a gestão, administração e representação do Núcleo.
Coordena as actividades do Núcleo com a Direcção da SPMI.
Faz divulgar periodicamente informações sobre a actividade desenvolvida junto dos sócios do Núcleo.
Implementa a organização, com a periodicidade julgada adequada, de reuniões de carácter científico onde são apresentados trabalhos realizados no âmbito de cuidados paliativos.
c) Grupos de trabalho
São agrupamentos de sócios do NEMPal que se proponham a actividades específicas no âmbito de cuidados paliativos.
Têm autonomia científica, devendo comunicar os seus projectos, iniciativas e conclusões ao Secretariado.
A convite do NEMPal podem participar nos seus trabalhos científicos não sócios da SPMI, cuja colaboração seja considerada, por um dos orgãos do Núcleo, importante para o cumprimento dos seus objectivos.
Inscrição
Ao inscrever-se no Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa da SPMI, receberá informações exclusivas, conteúdos, entre outras informações dirigidas apenas aos membros.
Para aderir deverá ser sócio da SPMI e pode fazer a sua inscrição no formulário de inscrição nos núcleos disponível AQUI
Consulte os eventos do núcleo de Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa:
Eventos Passados
Curso Básico de Cuidados Paliativos
Datas: 12 e 13 de Abril de 2024
Local: Hotel Black Tulip em Vila Nova de Gaia
Mais informações AQUI
V Jornadas do Núcleo de Estudos de Medicina Paliativa
Data: 16 de Setembro de 2023
Local: Fundação Dr. António Cupertino de Miranda no Porto
Mais Informações AQUI
Curso Básico de Cuidados Paliativos
Data: 27 e 28 de Maio de 2023
Local: Hotel Black Tulip em Vila Nova de Gaia
Mais Informações AQUI
Curso Básico de Cuidados Paliativos
Data: 29 e 30 de Setembro de 2022
Local: Figueira da Foz
Mais Informações AQUI
Curso Básico de Cuidados Paliativos
Data: 14 e 15 de Maio de 2022
Formato: Presencial
Local: Porto
Mais informações AQUI
IV Jornadas do NEMPal
Data: 19 de Março de 2022
Local: Fundação Cupertino de Miranda, Porto
Mais informações AQUI
Curso Básico de Cuidados Paliativos – Edição 1
Data: 5 e 6 de Junho de 2021
Local: Porto
Mais Informações AQUI
III Jornadas do NEMPal
Data: 8 de Fevereiro de 2020
Local: Fundação Dr. Cupertino de Miranda no Porto
Mais informações AQUI
Curso Básico de Cuidados Paliativos
Data: 14 e 15 de Novembro de 2020
Local: Seminário de Vilar, Porto
Mais informações AQUI
25º CNMI – Curso Básico de Cuidados Paliativos
Data: 22 e 23 de Maio de 2019
Local: Centro de Congressos do Algarve em Vilamoura
Mais informações AQUI
Curso Básico de Cuidados Paliativos
Data: 9 e 10 de Novembro 2019
Local: Hotel dos Templários em Tomar
Mais informações AQUI
II Jornadas do NEMPal
Data: 22 de Setembro de 2018
Local: Fundação Dr. António Cupertino de Miranda no Porto
Mais Informações AQUI
Curso Básico de Cuidados Paliativos, Centro de Formação da SPMI (2015, 2016, 2017 e 2018)
CURSO BÁSICO DE CUIDADOS PALIATIVOS
PRÉ CONGRESSO DA SPMI (2014, 2015, 2016, 2017 e 2018)
I JORNADAS DO NEMPal – CUIDADOS PALIATIVOS NA DOENÇA NÃO ONCOLÓGICA. O CUIDADO INTEGRAL AO LONGO DA TRAJETÓRIA DE VIDA (16/09/2017)
Colaboração na Festa da Saúde (2017 e 2018)
Festa da Saúde 2017
Festa da Saúde 2018
Publicações de Interesse
White paper defining optimal palliative care in older people with dementia: A Delphi study and recommendations from the European Association for Palliative Care (EAPC) – Disponível em https://journals.sagepub.com/doi/pdf/10.1177/0269216313493685
Publicações de Sócios
Guia prático de Controlo Sintomático, setembro/2017
Caso pretenda receber o acesso a E-BOOK Guia Prático de Controlo Sintomático preencha o formulário AQUI.
O que devia saber sobre cuidados paliativos: https://www.spmi.pt/wp-content/uploads/2016/11/O-que-devia-saber-sobre-Cuidados-Paliativos.pdf
Artigos:
Freire E. Futilidade médica, da teoria à prática. Arquivos de Medicina 2015;29:98-102 – http://www.scielo.mec.pt/pdf/am/v29n4/v29n4a03.pdf
Cipriano P, Monteiro NF, Alves J, Mirra J, Santos M, Freire E. Cuidados Paliativos em Doentes com Acidente Vascular Cerebral: Um Estudo Retrospetivo de 5 Anos de uma Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos. Revista Medicina Interna 2018; 25:186-192 – http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2018000300007
Monteiro M, Francisco J, Barbedo I, Alves J, Mirra J, Freire E. Oxigenoterapia num serviço de medicina em doentes avaliados pela equipa intra-hospitalar de Cuidados Paliativos. Cuidados Paliativos 2016; 3:56-62 – http://www.apcp.com.pt/uploads/Revista_Cuidados_Paliativos_V3_N2_web.pdf
Sarmento VP, Higginson IJ, Ferreira PL, Gomes B. Past trends and projections of hospital deaths to inform the integration of palliative care in one of the most ageing countries in the world. Palliat Med. 2016; 30:363-73. doi: 10.1177/0269216315594974 – https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4800459/pdf/10.1177_0269216315594974.pdf
Sarmento V, Gysels M, Higginson IJ, Gomes B. Home palliative care works – but how? A meta-ethnography of the experiences of patients and family caregivers. BMJ Supportive & Palliative Care Published Online First: 23 February 2017. doi: 10.1136/bmjspcare-2016-001141 – https://spcare.bmj.com/content/bmjspcare/7/4/00.2.full.pdf
Higginson IJ, Sarmento VP, Calanzani N, Benalia H, Gomes B. Dying At Home – Is It Better: A narrative appraisal of the state of the science. Palliat Med 2013; 27: 918-924 – https://journals.sagepub.com/doi/pdf/10.1177/0269216313487940
Gomes B, Sarmento VP, Lopes PF, Higginson IJ. Estudo epidemiológico dos locais de morte em Portugal em 2010 e comparação com as preferências da população portuguesa. Acta Médica Portuguesa 2013; 26: 327-334. – https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/viewFile/429/3706
Gomes B, Sarmento VP, Ferreira PL, Higginson IJ. 2013. Preferências e Locais de Morte em regiões de Portugal em 2010. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. 2013 – http://www.apcp.com.pt/uploads/portuguesereport2013v6.pdf
Gomes B, de Brito M, Sarmento VP, Yi D, Soares D, Fernandes J, Fonseca B, Gonçalves E, Ferreira PL, Higginson IJ. Valuing attributes of home palliative care with service users: a pilot discrete choice experiment. J Pain Symptom Manage. 2017 Dec;54:973-985 – https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0885392417303457
Gomes B, de Brito M, Sarmento VP et al. Risk factors for hospital death in conditions needing palliative care: nationwide population-based death certificate study. Palliat Med. 2018 Apr 32: 891-901 – https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5888774/pdf/10.1177_0269216317743961.pdf
Gonçalves F, Rocha C et al. A survey of the sedation practice of Portuguese palliative care teams. Supportive Care in Cancer 2012;20:3123-3127. – https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00520-012-1442-7
Carneiro R, Barbedo I, Costa I, Reis, E, Rocha N, Gonçalves E. Estudo comparativo dos cuidados prestados a doentes nos últimos dias de vida, Acta Med Port. 2011; 24(4):545-554 – https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/viewFile/487/195
Carneiro R, Freire E, Alves J, Rocha N. Gestos e atitudes em medicina centrada no doente num serviço de Medicina Interna. Acta Med Port. 2010; 23(6):1035-1042; – https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/viewFile/745/422
Carneiro R, Sousa E, Guerreiro T, Rocha N. Qualidade e Satisfação com a Prestação de Cuidados na Patologia Avançada em Medicina Interna, Arquivos de Medicina, 23(3):95-101 – http://www.scielo.mec.pt/pdf/am/v23n3/v23n3a01.pdf
Carneiro R. Medicina Interna, cronicidade e terminalidade. Medicina Interna 2014; 21: 93-96 – https://www.spmi.pt/revista/vol21/vol21_n2_2014_091_096.pdf
Gonçalves J, Almeida A, Costa I, Silva P, Carneiro R. Comparison of Haloperidol Alone and in Combination with Midazolam for the Treatment of Acute Agitation in an Inpatient Palliative Care Service, Journal of Pain & Palliative Care Pharmacotherapy 2016; 30(4):1-5 – https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/15360288.2016.1231733?scroll=top&needAccess=true
Domingues D, Carneiro R, Costa I, Monteiro C, Shvetz Y, Barbosa AC, Azevedo P. Therapeutic futility in cancer patients at the time of palliative care transition: An analysis with a modified version of the Medication Appropriateness Index, Palliative Medicine 2015: 1–9 – https://reference.medscape.com/medline/abstract/25701662
Ferraz Gonçalves JA, Castro C, Silva P, Carneiro R, Simões C, Costa I. Initial assessment of patients without cognitive failure admitted to palliative care: a validation study. Ann Palliat Med 2016;5(4):248-252 – http://apm.amegroups.com/article/view/11742/12155
Carneiro A, Carneiro R, Simões C. Termos e Conceitos na Relação Clínica. Medicina Interna 2018; 25: 157-164 – https://www.spmi.pt/revista/vol25/vol25_n3_2018_157_164.pdf
Teixeira A, Figueiredo E, Melo J, Martins I, Dias C, Carneiro A, Carvalho A, Granja C. Medical Futility and End-of-Life Decisions in Critically Ill Patients: Perception of Physicians and Nurses on Central Region of Portugal. J Palliative Care Med 2012; 2:2-4 – https://www.omicsonline.org/open-access/medical-futility-and-end-of-life-decisions-in-critically-ill-patients-perception-of-physicians-and-nurses-on-central-region-of-portugal-2165-7386.1000110.php?aid=5275
Tavares T, Oliveira M, Gonçalves J, Trocado V, Perpétuo J. Azevedo A, Machado F, Barreto V, Rocha C. Predicting prognosis in patients with advanced cancer: A prospective study. Palliative Medicine 2018; 32:413-416
Pivodic L, Higginson IJ, Sarmento VP, Gomes B. Standardize records of place of death. Nature. 2013; 495 (7442): 449
Ferreira PL, Sarmento VP, Gomes B. O que se sabe dos cuidados paliativos em Portugal. Capítulo em “Relatório da Primavera do Observatório Português dos Sistemas de Saúde. Mar da Palavra, Coimbra 2013.
Investigação
Recomendações/Orientações Clínicas
DOCUMENTOS NEMPAL COVID-19
Folheto informativo para familiares/amigos de pessoas internadas no hospital com COVID-19 – AQUI
Recomendações clínicas para o controlo sintomático de doentes com COVID-19 – AQUI
Folheto Informativo para doentes com COVID-19 internados no hospital – AQUI
COMUNICADO COVID-19:
Cuidados paliativos presentes e ativos em resposta à pandemia da infeção pelo COVID-19
A pandemia causada pelo COVID-19 tem sobressaltado a vida de todos nós, pessoas saudáveis, doentes crónicos, doentes terminais, familiares e profissionais de saúde. E tem-se disseminado não só enquanto infeção, mas também, pelo medo e pânico que cria.
A presença e ação dos Cuidados Paliativos mantém-se como essencial. Não só à população que habitualmente serve, os mais fragilizados em termos de saúde, que parecem apresentar um elevado risco de desenvolver a infeção a COVID19, nomeadamente nas suas formas mais graves, mas também à população rapidamente crescente de novas pessoas infetadas e que poderão beneficiar de Cuidados Paliativos em contexto crítico – uma área em que os Cuidados Paliativos não podem nunca ficar esquecidos.
A presença e ação dos Cuidados Paliativos também se mantém como essencial no apoio às famílias que cuidam, neste momento tão sobressaltadas, pelo risco que os seus entes queridos correm, pela possibilidade de um acesso mais limitado aos cuidados de saúde e, nas situações de infeção estabelecida, por poderem ser privados de acompanhar presencialmente os seus familiares doentes.
Finalmente, a presença e ação dos Cuidados Paliativos mostra-se ainda essencial no suporte a prestar aos profissionais de saúde, em risco declarado de sobrecarga e de esgotamento da sua capacidade de cuidar e de o poderem fazer em segurança.
Para isso, apelamos,
– aos doentes crónicos, doentes frágeis, doentes terminais, seus cuidadores e familiares:
• que cumpram o isolamento social, restringindo todos os seus contactos apenas aos estritamente necessários, nomeadamente evitando o contacto com outras pessoas doentes;
• que realizem frequentemente, ao longo do dia e sempre após qualquer contacto de risco ( quando usam elevadores, maçanetas de portas do exterior de casa, etc), uma adequada higienização das mãos (água e sabão ou solução alcoólica desinfetante, durante pelo menos 20s) e limpeza das respetivas superfícies que utilizam;
• que cumpram as regras de etiqueta respiratória (tossir e espirrar para o braço com o cotovelo fletido; usar lenços de papel de utilização única para assoar; lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir; evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos sujas ou contaminadas com secreções respiratórias)
• que se abasteçam com algumas reservas de alimentos e medicação crónica essenciais para evitar saídas;
• e que, em caso de desenvolverem sintomas (febre, tosse ou falta de ar), contactem precocemente a linha de saúde 24 pelo telefone 808 242424 ou e-mail atendimento@sns24.gov.pt e sigam as instruções dadas.
– aos profissionais de saúde:
• que cada profissional de saúde faça uso das suas melhores competências profissionais e humanas, que incluem sempre a sua capacidade de ouvir e mostrar interesse em saber das preocupações dos doentes e suas famílias e a sua capacidade de demonstrar suporte junto destes, através da sua presença e calma;
• para que se estes possam garantir a continuidade deste bom trabalho, apelamos a que as equipas de Cuidados Paliativos, nas suas mais diversas modalidades, se mostrem presentes e disponíveis para serem o apoio destes profissionais;
• apelamos a que todas as medidas de proteção dos profissionais de saúde sejam tomadas;
• e apelamos a que cada profissional de saúde tenha condições para manter o seu autocuidado e sejam
disponibilizas as devidas estruturas de apoio psicológico, que tão necessárias se mostram nesta fase.
A necessidade tão premente neste momento de sabermos valorizar a qualidade de vida de todos nós, de sabermos estabelecer a melhor definição possível dos objetivos de cuidado e seu planeamento, de sabermos garantir o permanente controlo de sintomas e da prestação de suporte aos doentes, familiares e profissionais de saúde, exige uma resposta à altura dos Cuidados Paliativos.
Neste contexto as medidas paliativas têm mais do que nunca de ser implementadas, para que a pandemia não se torne um inferno.
Para que as famílias/cuidadores tenham a perceção de que o seu ente querido morreu bem, e sintam algum conforto que lhes mitigue a revolta. Para que os profissionais de saúde, que estão na linha da frente curativa, não sintam ainda mais o desgaste de não conseguirem salvar o doente ao vê-lo em sofrimento. E para que os doentes e famílias, que se espera serem na maioria crónicos e idosos, não sintam que foram abandonados pelo sistema de saúde.
Folhetos
Links Úteis
Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos:
http://www.apcp.com.pt/
Observatório Português dos Cuidados Paliativos: https://ics.lisboa.ucp.pt/sobre-overview/observatorio-portugues-dos-cuidados-paliativos/atividades
O Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP) tem como finalidade proporcionar a todos aqueles que podem influenciar a qualidade e evolução dos Cuidados Paliativos em Portugal, uma análise independente, periódica e precisa, da evolução dos aspetos referidos, nomeadamente na sua Rede Nacional, quando implementada, facilitando a formulação e implementação de políticas efetivas de desenvolvimento e qualificação destes cuidados.
Apela – Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica:
https://www.apela.pt/
A APELA é uma Organização não governamental sem fins lucrativos com estatuto de IPSS, atribuído em 2009 e inscrita no livro da saúde.
Foi fundada em 1997 por iniciativa do Professor Doutor Mamede de Carvalho e com o apoio da Professora Doutora Sales Luís.
O primeiro passo foi sensibilizar um grupo pequeno de doentes que estavam estimulados para esse fim.
Associação Portuguesa de Neuromusculares: http://apn.pt/apn/
A A.P.N. tem como missão:
1. Criar melhores condições de vida aos portadores de doença neuromuscular, ou outra equiparada, apoiar o seu bem-estar assim como o dos seus cuidadores, ou familiares.
2. Promover os seus direitos.
3. Facultar-lhes auxílio material, moral e técnico.
4. Promover e lutar pela facilidade de acessos às habitações e lugares públicos.
5. Sensibilizar a opinião pública e os poderes públicos para os problemas dos portadores destas doenças no seu dia-a-dia.
6. Apoiar a pesquisa médica e divulgar os resultados que vão surgindo
Associação Alzheimer Portugal: http://alzheimerportugal.org/pt/
- Sensibilizar para a urgência de um Plano Nacional Alzheimer e disponibilizar o nosso conhecimento e experiência, na sua criação e implementação
• Desenvolver campanhas nacionais e locais de informação sobre a doença, as suas características e formas de intervenção
• Alertar para a importância:
– o do diagnóstico precoce
– o da valorização do papel dos clínicos gerais na deteção dos primeiros sinais da demência e encaminhamento para consulta da especialidade (Neurologia ou Psiquiatria)
– o da valorização do papel dos cuidadores, e do reconhecimento das suas necessidades e direitos específicos
– o da integração do estudo da demência como matéria obrigatória na formação médica
• Desenvolver ações de formação para cuidadores
• Criação de serviços e equipamentos modelo com vista à aprendizagem e partilha das melhores práticas
European Association of Paliative Care: https://eapcnet.wordpress.com/
World Hospice and Pall Care Alliance: http://www.thewhpca.org/
https://www.dyingmatters.org –Este site tem como objetivo fomentar a discussão/conversa sobre morte e morrer
Nova Rúbrica … “Histórias que cuidam”
Uma iniciativa do NEMPal em parceria com o GERMEN
Consulte AQUI os artigos já publicados
QUESTÕES ÚTEIS:
1. O que significa Cuidados Paliativos?
A definição mais utilizada para explicar o que são os Cuidados Paliativos é a da Organização Mundial de Saúde (OMS) e diz o seguinte: “São cuidados que melhoram a qualidade de vida dos doentes e suas famílias, abordando os problemas associados às doenças que ameaçam a vida, e prevenindo e aliviando o sofrimento através da identificação precoce e avaliação minuciosa da dor e outros problemas físicos, psicológicos, sociais e espirituais”.
Na prática, este tipo de cuidados destina-se a pessoas com doenças incuráveis e progressivas (por exemplo: cancro, insuficiência cardíaca, doença renal crónica, demência, doenças neurodegenerativas, cirrose hepática, entre outras) e o seu objectivo é minimizar/eliminar os vários sintomas que estas doenças possam provocar, sejam físicos ou psicológicos, bem como o seu impacto sócio-familiar.
2. Para quem se destinam os Cuidados Paliativos?
3. Que tipo de acompanhamento em Cuidados Paliativos existe em Portugal?
Em Portugal existem os seguintes tipos de equipas de Cuidados Paliativos (<em>sendo que uma equipa pode ter apenas uma ou mais do que uma das seguintes valências</em>):
3.1. EIHSCP – significa Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos e consiste numa equipa de profissionais de saúde que trabalham em contexto hospitalar. Esta equipa avalia e acompanha doentes internados (independentemente do serviço onde se encontrem, incluindo o serviço de Urgência) e em regime de ambulatório, seja através de consulta externa própria ou pela articulação com outras especialidades.
3.2. ECSCP – significa Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos e consiste numa equipa de profissionais de saúde que trabalham na comunidade. Normalmente estão associadas aos centros de saúde ou a modelos de gestão hospitalar tipo Unidade Local de Saúde (ULS). Estas são as equipas que acompanham os doentes com necessidades paliativas no domicílio.
3.3. UCP – significa Unidade de Cuidados Paliativos e consiste num internamento específico de Cuidados Paliativos. Estas unidades podem estar integradas em hospitais, constituindo serviços de internamento hospitalares, ou pertencer à Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (ver questão 9). Os serviços hospitalares com internamento em Cuidados Paliativos normalmente têm também a sua própria EIHSCP (ou seja, acompanham doentes fora do internamento de Cuidados Paliativos) e consulta externa.
4. Como é feita a referenciação para os Cuidados Paliativos?
O encaminhamento de um doente para os Cuidados Paliativos é feito à semelhança de qualquer outra especialidade médica ou cirúrgica:
4.1. Se a valência necessária for a de consulta externa, pode ser feito pedido pelo médico de família ou pelo médico que acompanha o doente no hospital.
4.2. Se a valência necessária for a de internamento, o doente deve ser encaminhado de acordo com o local onde se encontra e a existência ou não de internamento no seu hospital de referência:
– se se encontrar internado num hospital que tenha UCP, a equipa que o acompanha no internamento onde se encontra pode solicitar transferência para a UCP;
– se se encontrar internado num hospital que não tenha UCP, a equipa que o acompanha no internamento pode solicitar avaliação pela EIHSCP, que acompanhará o doente durante o internamento e proporá a estratégia mais adequada aquando da alta.
5. Em que momento é que alguém deve ser referenciado para os Cuidados Paliativos?
Os doentes com doenças incuráveis e progressivas deveriam, idealmente, ser referenciados para Cuidados Paliativos aquando do seu diagnóstico. A investigação nesta área tem mostrado que o encaminhamento atempado para os Cuidados Paliativos tem impacto positivo na qualidade de vida e pode, em alguns casos, aumentar a sobrevida.
A ideia de que os Cuidados Paliativos se destinam a doentes exclusivamente em fim de vida é errada. De facto, é ainda muito comum os doentes serem referenciados tardiamente, numa fase em que há pouco tempo para gerir todas as dimensões do sofrimento daquele doente e da sua família.
Também não é verdade que os doentes acompanhados pelos Cuidados Paliativos não podem fazer tratamentos específicos para a doença. A questão é que esses tratamentos normalmente não têm como objectivo curar a doença, mas sim tentar “bloqueá-la” na fase em que a doença já se encontra, retardar a sua progressão ou diminuir as consequências negativas na vida do doente.
6. Que tipos de profissionais trabalham em Cuidados Paliativos?
7. Que tipo de formação têm os profissionais que trabalham em Cuidados Paliativos?
8. Necessito de informação sobre os recursos em Cuidados Paliativos existentes na minha área de residência. Onde devo procurar?
O local mais fidedigno para procurar essa informação é o site <a href=”https://www.sns.gov.pt/sns/cuidados-paliativos/”>https://www.sns.gov.pt/sns/cuidados-paliativos/</a>. Neste sítio pode ver a distribuição das equipas a nível nacional, divididas pelas tipologias atrás descritas (EIHSCP, ECSCP ou UCP).
9. Qual é a diferença entre Cuidados Paliativos e Cuidados Continuados?
<ol start=”9″>
<li><strong> Qual é a diferença entre Cuidados Paliativos e Cuidados Continuados?</strong></li>
</ol>
É muito frequente haver confusão entre Cuidados Continuados e Cuidados Paliativos.
Os Cuidados Continuados dizem respeito a uma <strong>Rede Nacional</strong> da responsabilidade dos Ministérios do Trabalho e Solidariedade Social e da Saúde, e têm como objetivo “a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência. Os Cuidados Continuados Integrados estão centrados na recuperação global da pessoa, promovendo a sua autonomia e melhorando a sua funcionalidade, no âmbito da situação de dependência em que se encontra”.
Os Cuidados Paliativos, pelo contrário, são uma área do conhecimento médico e dizem respeito a uma filosofia de abordagem, acompanhamento e prestação de cuidados.
O que também contribui para a confusão entre Cuidados Continuados e Cuidados Paliativos é o facto de existirem algumas Unidades de Cuidados Paliativos na Rede Nacional de Cuidados Continuados. Actualmente existem 14 unidades deste género: 2 no norte do país, 2 no Alentejo e 10 em Lisboa e Vale do Tejo. Destinam-se a indivíduos em Cuidados Paliativos que <strong>não</strong> estejam a fazer nenhum tratamento dirigido à sua doença (por exemplo, quimio ou radioterapia), que <strong>não</strong> tenham nenhum problema médico-cirúrgico agudo (caso contrário estariam no hospital), que precisem <strong>continuamente</strong> de cuidados de enfermagem e cujo apoio social seja <strong>insuficiente</strong> ou <strong>inexistente</strong>.
As Unidades de Cuidados Paliativos hospitalares constituem internamentos “clássicos”. Tal significa que os doentes são admitidos por apresentarem determinadas situações agudas em contexto de Cuidados Paliativos (por exemplo: dor não controlada, agitação, vómitos que não melhoram com nenhuma medicação, obstipação grave/oclusão intestinal, entre outros) e que terão alta assim que esse problema seja atenuado/resolvido e asseguradas condições sociais para a continuidade de cuidados.
Ciclo de Debates: Direitos das pessoas com doença avançada/situação limitadora da vida
Implicações para os cuidados de saúde e respostas sociais