Na “linha da frente”, internistas estão cada vez mais próximos dos doentes
O 26.º Congresso Nacional de Medicina Interna teve início esta quinta-feira, numa versão online e presencial, e contou com inúmeros momentos importantes e, até mesmo, emocionantes para os internistas, que, como é do conhecimento geral, têm passado por momentos menos fáceis.
Aceitaram o desafio, não baixaram braços e assumiram a linha da frente no combate à covid-19, no diagnóstico, tratamento e, até, na prevenção desta pandemia.
Na sessão de abertura – muito participada e com a intervenção de inúmeros representantes de sociedades científicas, decisores políticos, entre outras entidades – falou-se, sobretudo na covid-19, nos desafios aos quais os internistas têm sido expostos e no “extraordinário” trabalho que têm desenvolvido, tanto na área assistencial, como na de investigação.
Ainda durante esta sessão, foi feita uma muito emotiva homenagem ao internista Pedro Marques da Silva, e a entrega da escultura, que representa o “Prémio Nacional de Medicina Interna 2020”, a título póstumo, à sua esposa, Dr.ª Isabel Marques da Silva. Foi também assinado o protocolo “Gestão do Doente Crónico em Portugal”, um momento considerado “muito importante” por todos os presentes, uma vez que vai, sem dúvida, ser um avanço no desenvolvimento do tratamento destes doentes, cujo número é crescente.
Este primeiro dia de congresso teve início com a abertura das comunicações livres e posters e contou, depois, com as seguintes sessões e conferências: “Endless resistance. Endless antibiotics?”, “Medicina Interna e a Formação Pré-Graduada: Que papel?”, “Limiares da Auto-imunidade: Atualização” e “Centro de Medicina Digital P5”. A conferência inaugural foi proferida por Miguel Bandeira, doutorado em Geografia, que falou sobre o município de Braga.
Os congressistas terminaram o dia com o sentimento de missão cumprida e com o reconhecimento do bom trabalho que têm vindo a desenvolver neste ano de 2020, que não tem sido nem se avisa fácil. Como foi referido, muitos foram os projetos adiados, porém o que foi feito é, sem dúvida, mais importante e, de certeza, que estes profissionais de saúde estão ainda “mais perto do coração dos doentes”.