26.º CNMI: “a celebração que os internistas tanto merecem”
A sessão de abertura do 26.º CNMI decorreu, na tarde de quinta-feira, com grande representação e diferentes momentos de emoção e de interesse. Esta foi a abertura de um congresso essencial, encarado como uma celebração, de que os internistas tanto são merecedores, sobretudo neste ano de 2020.
Narciso Oliveira, presidente do congresso, deu os parabéns aos seus colegas pelo notável trabalho que têm feito, nomeadamente no que respeita à pandemia. “A experiência dos internistas na covid-19 e a sua partilha são fundamentais na preparação dos desafios futuros para os doentes e para as equipas médicas.”
Referindo que “a vitalidade e dinâmica dos internos e internistas continuam exemplares”, Narciso Oliveira enumerou: “Já em pleno curso da pandemia, mais uma vez os serviços e Medicina Interna mostraram-se à altura, enviando 127 trabalhos sobre covid-19 para avaliação, dos quais foram selecionados 14 para apresentação oral.” Além disso, contam ainda com 73 posters só desta temática, números estes que aumentam substancialmente, quando falamos de todos os temas tratados pelos internistas.
“Obrigado pela vossa colaboração, entusiasmo, troca de experiências e partilha de resultados, discussão de ideias e projetos futuros”, rematou.
Também o presidente da SPMI, João Araújo Correia, congratulou os internistas pelo seu papel e atuação, sobretudo, no que se refere à pandeia covid-19. Tal como referiu, muitos foram os projetos que ficaram por realizar, tal como as dúvidas e os medos que sentiram.
“Temos de nos regozijar pelo que conseguimos fazer para minimizar os terríveis efeitos desta pandemia. É certo que tivemos a nosso favor o facto de sermos atingidos mais tarde e de podermos ver os efeitos devastadores noutros países. Mas, tivemos a coragem de adotar as medidas certas de confinamento e mobilização de todos os meios materiais e humanos, na área da saúde”, salientou João Araújo Correia.
Depois de fazer referência aos excelentes números, a nível nacional, no que respeita aos internistas na linha da frente e à taxa de resposta que foi dada, assim como de todos os projetos adiados para 2021, João Araújo Correia terminou:
“Tínhamos de fazer o Congresso Nacional de Medicina Interna em 2020! É um risco calculado, porque o fazemos com segurança máxima, utilizando a tecnologia que nos permite ter um Congresso digital e presencial. É uma celebração, que os internistas merecem neste ano terrível da covid-19, em que a sua capacidade de trabalho, foi levada ao limite máximo!”
A sessão de abertura contou também com a presença e a participação de Jesus Diez Manglano, vice-presidente da Sociedade Espanhola de Medicina Interna, Nicola Montano, presidente da Federação Europeia de Medicina Interna, (via online) Miguel Bandeira, em representação de Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, Rui Nogueira, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Armando Carvalho, em representação de Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, e António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde.
Todos os participantes felicitaram os internistas portugueses pelo “excelente” trabalho que desenvolvem e, sobretudo, pela forma como encararam o desafio da pandemia dos últimos meses.
De seguida, realizou-se a conferência inaugural, proferida por Miguel Bandeira, doutorado em geografia e vereador do Planeamento do Município de Braga, que falou sobre o tema “Braga, um município onde queremos viver. Braga, um município saudável”.