NEIC reuniu no Porto para promover a partilha de experiências

O Núcleo de Estudo de Insuficiência Cardíaca (NEIC) reuniu pela primeira vez a 29 de Setembro, na Fundação Dr. António Cupertino Miranda, no Porto.

No evento estiveram presentes vários especialistas desta área, incluindo médicos da vizinha Espanha, e António Oliveira e Silva, em representação da Direção da SPMI. “Este é um Núcleo de Estudos em que a SPMI tem grandes expectativas. Todos sabemos da grande importância que a insuficiência cardíaca (IC) tem atualmente e qual a sua prevalência junto dos nossos doentes. Mas é também muito relevante que a Medicina Interna possa congregar um grupo de pessoas que são uma referencia nesta área”, realçou António Oliveira e Silva.

Joana Pimenta, Paulo Bettencourt, Irene Marques, Pedro Morais Sarmento, Inês Araújo e César Lourenço

Paulo Bettencourt, coordenador do NEIC, realçou o trabalho desenvolvido no último ano e admitiu que foi a importância desta patologia na prática clínica que “obrigou” a que se formasse este núcleo.

“A IC é uma doença muito comum na nossa prática clínica, pelo que era crucial que nos organizássemos em torno desta patologia”, afirmou o especialista, que explicou que esta primeira reunião foi sobretudo um “espaço de partilha de experiências, resultados e de atualização científica”.

“O nosso grande objetivo para esta primeira edição era que os internistas que trabalham nesta área travassem conhecimento e pudessem aprender e desenvolver projetos na área. Quase todos os internistas de alguma forma trabalham com a IC, muitas vezes não de forma organizada, embora tenhamos serviços que se dedicam a esta área com bons resultados. Pois bem, são essas as experiências que queríamos ouvir, partilhar e discutir, divulgando os seus bons resultados”, sublinhou.

O internista acredita que espaços de discussão como a primeira reunião do NEIC poderão contribuir para que todos os doentes possam aceder aos melhores programas de IC, que na sua opinião devem incluir o tratamento e o acompanhamento de forma integrada.

Na reunião no Porto estiveram presentes internistas da Sociedade Espanhola de Medicina Interna que apresentaram resultados dos projetos desenvolvidos no nosso país vizinho. Inspirado por este exemplo, o presidente deste encontro acredita que também em Portugal é possível fazer mais e melhor.

“Com esta partilha das experiências nacionais, julgo que estamos em condições de descobrir e trabalhar em melhores formas de organização, a bem dos nossos doentes”, concluiu Paulo Bettencourt.

(01/10/2018)