NEDVP defende trabalho multidisciplinar com outras especialidades na sua V Reunião Anual

O Núcleo de Estudos de Doença Vascular Pulmonar (NEDVP) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) realizou no último fim de semana a sua V Reunião Anual.

Num encontro que decorreu no Porto, os mais de cem especialistas presentes procuraram reforçar o trabalho conjunto desenvolvido pela Medicina Interna e outras especialidades no tratamento de doenças como a hipertensão pulmonar e o tromboembolismo venoso.

Comissão organizadora: José Meireles, Melanie Ferreira, Carolina Guedes, Ana Oliveira Gomes e Inês Furtado.

“Esta reunião é o culminar de um ano com muitas novidades na área da hipertensão pulmonar e do tromboembolismo venoso. Por isso, como núcleo da SPMI, é nossa obrigação promover a discussão e atualizar as pessoas que não estão tão familiarizadas com esta área, debatendo ideias e experiências”, afirma Carolina Guedes, médica internista e coordenadora do NEDVP, acrescentando que um dos grandes objetivos do encontro é “divulgar o trabalho dos vários grupos nesta área”.

Quanto ao papel da Medicina Interna, Carolina Guedes não tem dúvidas de que os internistas estão no epicentro do tratamento destes doentes.

“Na área da hipertensão pulmonar muitas vezes somos os primeiros a fazer o diagnóstico da doença e temos o papel de pivot, direcionando o doente para o centro de referência. A Medicina Interna é uma especialidade central nesta doença, e no tromboembolimo venoso estamos em toda a linha: na parte aguda e na parte crónica”, explicou a especialista, reforçando que a Medicina Interna deve assumir-se como especialidade “capaz de fazer e fazer bem feito”.

Qualidade de vida dos doentes é o objetivo primordial

Na reunião no Porto estiveram presentes vários médicos de outras especialidades que não apenas a Medicina Interna e Carolina Guedes explica que o trabalho que tem de ser feito deve congregar os esforços de todos:

“Os colegas de outras especialidades são nossos aliados, tanto nos exames que nos permitem o diagnóstico do doente, como na intervenção. Temos parcerias com a Cardiologia, Imunohemoterapia, Pneumologia… o que defendemos é que tem que haver uma equipa multidisciplinar treinada para estes casos. Se assim não acontecer não se conseguem os melhores resultados e esse é o nosso grande objetivo no sentido de dar vida e qualidade de vida aos doentes”, concluiu a coordenadora do NEDVP.

(17/11/2019)