Maria de Belém Roseira abre 30.º CNMI com perspetivas sobre o Serviço Nacional de Saúde

Maria de Belém Roseira inaugurou o 30.º Congresso Nacional de Medicina Interna com uma conferência dedicada ao tema “Serviço Nacional de Saúde: perspetivas atuais e futuras”. A ex-ministra da saúde foi convidada pelo Presidente da Comissão Organizadora do Congresso para abrir o evento, convite que aceitou com grande honra e entusiasmo.

“O objetivo fundamental foi estimular uma reflexão estratégica sobre o que mudar e como mudar na política de saúde para que o SNS possa cumprir a sua missão de realização do Direito Humano à Proteção da Saúde,” explicou Maria de Belém. Destacou a importância de se fazer uma análise aprofundada dos desafios atuais e das possibilidades de transformação do SNS, salientando a necessidade de um debate estratégico participado sobre o futuro do sistema de saúde.

Entre os pontos-chave da sua apresentação, Maria de Belém sublinhou a necessidade de uma contextualização global do SNS, abordando a sua missão, princípios e as dificuldades enfrentadas atualmente. “Não conseguiremos nunca resolver um problema se não soubermos analisá-lo e, neste momento concreto, será também necessário sublinhar a importância da especialidade de Medicina Interna na construção do futuro do SNS,” afirmou.

Sobre a importância do 30.º Congresso Nacional de Medicina Interna, Maria de Belém destacou: “É muito importante a atualização que proporciona em termos científicos, o convívio que permite socialização, constrói amizades e proporciona a criação de um espírito de corpo”. Enfatizou o valor do congresso como um espaço para a troca de opiniões e a identificação de interesses comuns que beneficiem tanto a classe médica quanto os pacientes.

Elogiou o entusiasmo da Comissão Organizadora do Norte do país por escolher o Sul como local do congresso, simbolizando a união dos profissionais de saúde de todo o país. “Estão todos juntos, no país, na sua integralidade e zona de influência, para investir naquilo que vale a pena: o aprofundamento do conhecimento científico, a informalidade que gera a criatividade, a identificação de oportunidades para trabalho entre equipas geograficamente longínquas, mas que a tecnologia permite unir em tarefas identificadas,” disse.

Maria de Belém concluiu a sua intervenção com uma nota otimista sobre o papel do congresso na promoção das melhores práticas clínicas, da investigação e da formação contínua na luta contra a doença no âmbito de uma profissão que alia, como nenhuma outra, a ciência, a arte e a relação humana.

(23/05/2024)