Luís Campos: Congresso de Viana do Castelo mostrou «vitalidade da Medicina Interna»

O XXII Congresso Nacional de Medicina Interna, que terminou este domingo em Viana do Castelo, foi, para Luís Campos, “um magnífico evento” e “uma afirmação da vitalidade da especialidade”. O novo presidente da SPMI-Sociedade Portuguesa de Medicina Interna também admitiu ter sido “emocionante ver a paixão, a energia e a capacidade de mobilização de toda uma cidade para nos acolher”.

Falando na cerimónia de encerramento da reunião magna dos internistas, menos de 24 horas depois de ter tomado posse como presidente da SPMI, o diretor do Serviço de Medicina do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental sublinhou o “bom programa científico” do Congresso e o facto de todas as sessões terem sido “bastante participadas”.

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Manuel Teixeira Veríssimo, especialista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, que agora terminou o seu mandato de dois anos à frente da SPMI, referiu-se ao “desafio” que foi organizar um congresso desta dimensão num local com as limitações próprias de uma cidade com as características de Viana do Castelo.

Mas também deixou claro que a comissão organizadora, liderada pela médica Diana Guerra, diretora do Serviço de Medicina Interna I do Hospital de Santa Luzia, “mostrou ter tido a capacidade para realizar uma reunião que esteve ao nível dos nossos últimos congressos nacionais”. O presidente cessante da SPMI fez questão em sublinhar que se tratou de “um excelente congresso”.

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Na sua intervenção, Luís Campos também se referiu ao “mandato excelente” de Manuel Teixeira Veríssimo, deixando uma palavra de “apreço e agradecimento” a toda a equipa da Direção cessante porque “conseguiram deixar a Medicina Interna e a SPMI melhor do que as encontraram”.

Propondo-se apostar na educação dos internos e na formação científica dos internistas, Luís Campos mostrou-se decidido a trabalhar no sentido de se “criarem pontes com as outras sociedades médicas, nomeadamente com a Medicina Geral e Familiar”.

E acrescentou: “Vamos querer estar nos palcos de decisão do poder político onde possam estar envolvidos os interesses da Medicina Interna. Na discussão com o Infarmed, por exemplo, a propósito dos biológicos; na questão da gestão da doença crónica; na Ordem dos Médicos; na criação de novas competências…”

“São áreas que nós queremos influenciar, naturalmente, para defender os nossos interesses e, particularmente, para assegurar oportunidades de trabalho para os nossos internos… Mas, acima de tudo, para defender os nossos doentes”, afirmou Luís Campos. E justificou dizendo: “Porque acreditamos que a Medicina Interna joga um papel nuclear no doente, no tipo de doente que neste momento acede às nossas urgências, que habita as nossas enfermarias, que frequenta as nossas consultas. É para ele que nós queremos melhorar.”

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E os próximos tempos “não vão ser fáceis”, frisou Luís Campos, lembrando as “intervenções magníficas” de Pacheco Pereira e de Francisco Louçã na sessão do congresso dessa manhã sobre “A economia da Saúde”. “Deixaram-nos ainda mais inquietos. Vamos ter grandes desafios pela frente”, concluiu.

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Antecedendo a cerimónia de encerramento, os participantes no XXII Congresso Nacional de Medicina Interna, que se realizou em simultâneo com o V Congresso Ibérico de Medicina Interna, puderam assistir à conferência do cientista Miguel Castelo Branco, intitulada “Desafios da investigação básica e de translação para a clínica”, e testemunhar a entrega de prémios aos melhores trabalhos apresentados.

Em 2017, o Congresso Nacional de Medicina Interna terá lugar no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, também em maio, presidido por João Araújo Correia, diretor do Serviço de Medicina 1 do Hospital Geral de Santo António, Centro Hospitalar do Porto, e membro da atual Direção da SPMI.

(30-05-2016)