Curso “Bases de Antibioterapia para Internistas”: como fundamentar as escolhas em contexto clínico real

Sara Marques

O Centro de Formação em Medicina Interna (ForMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna vai organizar o curso “Bases de Antibioterapia para Internistas”, em formato b-learning. A componente presencial realiza-se nos dias 24 e 25 de novembro de 2023, em Braga. Sara Marques, coordenadora do curso, explica os objetivos do mesmo, os temas principais e a sua relevância prática, destacando ser “fundamental o treino na decisão da antibioterapia a instituir”.

Quais os objetivos do curso “Bases de Antibioterapia para Internistas”?

Sara Marques (SM) – Os objetivos do curso passam pela revisão de aspetos teóricos da antibioterapia, tais como a farmacocinética e farmacodinâmica dos antibióticos e sua aplicação na prática clínica; aspetos sobre a microbiologia dos agentes sensíveis e multirresistentes das infeções mais comuns. O curso possui uma vertente mais prática com workshops sobre as patologias infeciosas mais comuns. Nestes workshops pretende-se sistematizar a abordagem terapêutica da antibioterapia empírica e dirigida de infeções como endocardite, pneumonia, infeção do trato urinário, infeção intra-abdominal, infeção do SNC, entre outros. Para isso são usados casos clínicos exemplificativos com resolução e discussão em equipa.

Quais os temas que gostaria de destacar?

SM – Para este curso destaco a resolução de casos clínicos em formato problem-solving, a importância da administração antibiótica hospitalar racional e a mudança de paradigma relativamente à duração da antibioterapia.

Qual a sua relevância prática?

SM – A relevância deste curso tem que ver com a aplicação da melhor evidência no tratamento de infeções bacterianas da comunidade e hospitalares, incluindo por microorganismos multi-resistentes, através da resolução de casos clínicos.

Porquê a existência deste curso?

SM – A patologia infeciosa representa uma fração muito significativa da patologia do doente tratado pelo Internista, sendo fundamental o treino na decisão da antibioterapia a instituir.

No final do curso o que é que os participantes devem ter retirado?

SM – Os participantes, terminado o curso, devem ter noções aprofundadas de decisão terapêutica nas principais infeções bacterianas. Além disso, conhecimento atualizado sobre os esquemas empíricos da patologia infeciosa, noções sobre a aplicação dos conhecimentos de farmacocinética e farmacodinâmica na adaptação de esquemas antibióticos mais complexos e uma maior atualização em aspetos relacionados com a duração da antibioterapia e sua racionalidade na aplicação diária.

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(13/10/2023)