Congresso de Medicina Interna 2017: Aplicação informática testada no Hospital Pedro Hispano
Uma das inovações do Congresso Nacional de Medicina Interna (CNMI) 2017, que terá lugar entre os dias 25 e 28 de maio, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, prende-se com a realização de sessöes plenárias interativas de discussão de casos clínicos. Esta tipologia foi testada no passado dia 4 de novembro, no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, numa sessão-piloto que, conforme relata Vasco Barreto, um dos organizadores da iniciativa, do ponto de vista técnico, “funcionou muito bem”.
Em entrevista à Just News, Vasco Barreto, diretor do Serviço de Medicina Interna do Hospital Pedro Hispano e membro da Comissão Organizadora do CNMI 2017, esclareceu que esta sessão-piloto teve como objetivo testar a nova aplicação informática que foi desenhada especificamente para estas sessões interativas e que ficou disponível para smartphones. Pretendeu-se também avaliar a própria dinâmica deste tipo de sessöes e a articulação entre a apresentação do caso clínico, as intervenções dos peritos e a assistência.
Seguindo a mesma dinâmica das sessões plenárias interativas que terão lugar no Congresso, foi apresentado um caso clínico discutido por um painel de peritos. A participação da assistência foi feita através de televoto em perguntas estratégicas, utilizando a aplicação informática criada para o efeito.
Além de Vasco Barreto, a quem coube moderar esta sessão-piloto, a iniciativa foi organizada por outros dois membros da Comissão Organizadora do CNMI 2017 que integram o Serviço de Medicina Interna do Hospital Pedro Hispano, Raquel Calisto e Rute Ferreira, que apresentaram o caso clínico.
Por sua vez, o painel de peritos foi constituído por dois internistas que também pertencem à Comissão Organizadora do Congresso, Júlio Oliveira (Hospital de Santo António, Porto) e Carlos Fernandes (Hospital Nossa Senhora da Oliveira, em Guimarães) e pela cardiologista Cristina Gavina (Hospital Pedro Hispano). Coube ao diretor clínico do hospital que acolheu esta sessão, Taveira Gomes, fazer uma pequena introdução.
A assistir e a participar estavam algumas dezenas de profissionais de saúde do Hospital Pedro Hispano, do Hospital de Santo António, do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e do Hospital Nossa Senhora da Oliveira, em Guimarães.
Questionado sobre as vantagens da aplicação informática comparativamente com os dispositivos de televoto tradicionais, o internista destacou o facto de esta poder ser descarregada no smartphone dos participantes e não implicar a necessidade de levantar o material à entrada da sessão, uma logística que, conforme referiu, “por vezes, não funciona bem”.
Por outro lado, a aplicação, que foi construída com o patrocínio da Bayer, inclui interfaces que possibilitam ao moderador revelar a pergunta em tempo real. Ou seja, as perguntas não são disponibilizadas na aplicação imediatamente, mas por controlo do moderador.
De acordo com o médico, “a aplicação permite, ainda, lançar perguntas a que o moderador tem acesso e que pode, em momentos estratégicos, selecionar para dirigir a algum dos peritos da mesa”. Adicionalmente, “o próprio público pode intervir sem recorrer à utilização de microfones e, com o filtro do moderador, algumas das perguntas oriundas da assistência podem ser discutidas pelo painel de peritos”.
Segundo Vasco Barreto, a aplicação “está a funcionar bem” e disponibiliza, também, informaçöes relevantes sobre o Congresso, que irão sendo atualizadas à medida que o evento se aproxima. Serão necessários, apenas, pequenos ajustes, como, por exemplo, a inserção de um controlo de tempo nas respostas.
São esperados cerca de 1000 participantes nas sessões plenárias interativas que terão lugar no CNMI 2017, evento que será presidido por João Araújo Correia, diretor do Serviço de Medicina Interna do Hospital de Santo António/Centro Hospitalar e Universitário do Porto.
(30/11/2016)